sábado, 28 de novembro de 2009

Sintra Colares Praia grande, anteontem Novembro





Estrela do mar Jorge Palma


Numa noite em que o céu tinha um brilho mais forte

e em que o sono parecia disposto a não vir

fui estender-me na praia sozinho ao relento

e ali longe do tempo acabei por dormir


Acordei com o toque suave de um beijo

e uma cara sardenta encheu-me o olhar

ainda meio a sonhar perguntei-lhe quem era

ela riu-se e disse baixinho: estrela do mar


Sou a estrela do mar

só a ele obedeço, só ele me conhece

só ele sabe quem sou no princípio e no fim

só a ele sou fiel e é ele quem me protege

quando alguém quer à força

ser dono de mim


Não sei se era maior o desejo ou o espanto

mas sei que por instantes deixei de pensar

uma chama invisível incendiou-me o peito

qualquer coisa impossível fez-me acreditar


Em silêncio trocámos segredos e abraços

inscrevemos no espeço um novo alfabeto

já passaram mil anos sobre o nosso encontro

mas mil anos são pouco ou nada para a estrela do mar

JORGE PALMA -Estrela do mar

Numa noite em que o céu tinha um brilho mais forte

e em que o sono parecia disposto a não vir

fui estender-me na praia sozinho ao relento

e ali longe do tempo acabei por dormir


Acordei com o toque suave de um beijo

e uma cara sardenta encheu-me o olhar

ainda meio a sonhar perguntei-lhe quem era

ela riu-se e disse baixinho: estrela do mar


Sou a estrela do mar

só a ele obedeço, só ele me conhece

só ele sabe quem sou no princípio e no fim

só a ele sou fiel e é ele quem me protege

quando alguém quer à força

ser dono de mim


Não sei se era maior o desejo ou o espanto

mas sei que por instantes deixei de pensar

uma chama invisível incendiou-me o peito

qualquer coisa impossível fez-me acreditar


Em silêncio trocámos segredos e abraços

inscrevemos no espeço um novo alfabeto

já passaram mil anos sobre o nosso encontro

mas mil anos são pouco ou nada para a estrela do mar